Azulzinhos, Trânsito e Consequências
Sinceramente?! Eu não gostaria de estar na pele de um fiscal de trânsito por uma hora sequer! Sei da relevância desta função. Também estou ciente do quanto nós, enquanto cidadãos necessitamos destes bravos que ostentam com orgulho o uniforme que os destaca entre veículos e transeuntes. E, neste cenário evolutivo do dia a dia, testemunhamos que além do esforço físico que subtrai boa parte da energia destes profissionais em meio a pessoas, automóveis, motocicletas, caminhões, ônibus, cães, eqüinos, respirando a queima incontrolável de combustíveis junto a poeira, eles também necessitam de um controle emocional de dar inveja! E é exatamente neste ponto em que prefiro a distância. Não deles! Mas da empáfia de condutores mal educados. Estar bem longe da arrogância que destrói qualquer conceito de valores. Quando ao conduzir um veículo de valor elevado, levianamente, pensa ser mais do que os outros. É destes que prefiro manter distância. Assim como dos que dirigem seus carros com o “bracinho para fora” parecendo uns verdadeiros... (deixa prá lá). Dos que teimam em falar no celular decretando o caos se ele estiver na sua frente. Pobre de quem estiver atrás, ele não sai do lugar, e a gente por cima não pode passar. É com esses “tipos” que nossos bravos fiscais do trânsito- Os Azulzinhos- têm de conviver diariamente. É com “tipo” como este, que se acha, que nós, cidadãos de bem batemos de frente quando solicitamos passagem e não somos atendidos. Quando garagens da Brasil no Boqueirão enfileiram seus carros avançando sem respeitar os cinco metros nas esquinas, fazendo com que motoristas que precisam atravessar a Avenida fiquem sem visão! Quando estacionam em fila dupla em qualquer lugar. Ao pararem em cima da faixa para pedestre! Até mesmo na saída do colégio onde deveriam dar o exemplo, são os piores modelos para seus próprios filhos! E pobre do guarda de trânsito se tentar aplicar a lei. Que lei? Incluem-se igualmente nesta faixa de folgados, os carros fortes; algumas vans de transporte escolar; alguns taxistas que simplesmente param em fila dupla e ainda abrem suas portas e porta malas, atravancando tudo. Os coletivos urbanos que ao invés de pararem um pouco antes preferem invadir um espaço que irá segurar todo o fluxo de veículos como se nada tivesse importância alguma! (esquina da Brasil com General Neto, por exemplo) Está mais do que na hora de moralizar tudo isto, afinal só tecnologia de nada adianta se a cultura não sofrer uma metamorfose urgente, nem que para isso seja preciso doer no bolso destes maus cidadãos se é que dá para chamar de cidadão aquele que coloca-nos em risco diariamente!Contudo, parabéns mais uma vez aos Fiscais do trânsito ainda que sem respaldo algum para fazer valer a tal da constituição.
José R. Berton
Jornalista
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