domingo, 27 de fevereiro de 2011

Teu olhar

Teu olhar

Passou!
Desde a última vez
que teus olhos eu vi.
O tempo
implacável
fez de nós
saudosistas
de um dia marcado...
Nas marcas de teu rosto,
na cor do olhar
que um dia
fez de mim
um apaixonado
por ti,
por teu olhar!

José Berton
Escritor


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ALGUNS COLEGAS DE TODOS OS DIAS

Será que encheu meu balde? Ou ainda há espaço para um volume adicional de situações carentes de decisão? É necessário montarmos uma barreira e, com ela retalharmos o que de quem, e aquilo daquele outro? Como procedermos em ambientes hostis? Espaço tomado por  uma fumaceira danada proveniente do mal estar ocasionado pela incompetência e insatisfação de alguns? Nem sempre serão possíveis essas divisões nos forçando a uma convivência indesejável. Recorrermos a um analista? Seria o ideal.  O sonho de consumo de todos aqueles que são úteis a sociedade, mas isso é utopia, o negócio é recorrermos aos velhos métodos da boa vizinhança, mesmo que isso nos custe alguns cabelos brancos, ou a perda deles. Recomendo compartilhar com algum amigo -“Bepe”- (1) parte deste bombardeio de pequenos fragmentos. Estilhaços que insistem tomar nossa direção.  Se, contudo não nos cuidarmos seremos atingidos. O que fazer? Tomar as rédeas de incômodos que surgem a galope nem sempre é possível. Conviver com essa torpe de peões é necessário e perigoso. Não conviver é covardia! Há que encontrar a opção mais adequada para cada momento enfrentá-las é a saída, - palavras do Bepe. Caberá a nós o discernimento para tratar caso a caso. Enquanto jornadas sucessivas de trabalho fazem de nós seres diferentes e realizados, ao mesmo tempo transforma num verdadeiro marasmo a vida daqueles que de uma maneira pequena tornam ainda mais insignificante suas vidas e consequentemente transformam ambientes de trabalho num círculo de conversas improdutivas, as quais por sua vez munidas de poder nocivo tendem a minar a todos interferindo, prejudicando, tornando um verdadeiro caos à relação de equipes que deveria ser de coesão. Grupos de trabalho a mercê de um ou outro indivíduo capaz de desestruturar e de instalar o mal estar junto a repartições públicas, empresas, hospitais universidades e qualquer entidade onde há possibilidades para todos, e que, no entanto nem todos buscam por merecê-las. Instalado o clima, tudo parece não andar. Vozes que foram claras um dia, agora sufocadas não são mais ouvidas. Parecem sussurros. Imitação de lamúrias. Risos e relatos outrora responsáveis pela descontração e parceria já não são mais ouvidos. O que se ouve são comentários infundados, sufocados, e o protagonista de toda essa metamorfose, ali parecendo um dois de paus. Ouvindo e levando. Leva e como quem leva traz! Sua preocupação nem é tanto com ele, coitado, e sim com seus colegas. É com aquele que não dispõe de tempo para lhe ajudar a cuidar da vida dos outros. E o pobre, vai se finando finando, a ponto de fazer uma ulcera! Daquelas bem grandes, e ainda assim alimentá-la todos os dias com o fel de suas ventosas. Como espinho que penetra sem permissão... E o Bepe? Ah, esse é presença marcante em nossas vidas (quem não tem desses amigos?), nos ouve com o cuidado de quem guarda segredos. Com sapiência fundamentada na experiência e no respaldo do bom e velho senso. Por que amigo é para ser assim, como o Bepe! Já alguns colegas de todos os dias, do tipo onça, invejosos e incapazes de criar, (salvo avareza, discórdia, e remela no canto do olho) destes a forma do diabo está sempre cheia.  
(1) Bepe, -eu- analista que nos auxilia neste louco monólogo sempre que o jornalista necessita.
                                                                     Berton, José Ramos
                                                                             Jornalista
                                                                                                                                

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

POR AMOR

POR AMOR
És mulher, e só por isso já bastaria
Para ocupar corações intrusos.
Não fosse o abismo que separa
Impiedosamente nossas mais belas intenções.
Não fosse a dor prévia
Que constrange
E fere o que deveríamos dividir
De um sentimento
Incapaz de substituição,
Que não seja por um amor
Ainda porvir,
Um daqueles que revolve o âmago
Eclodindo anelos
E suplantando injustiças.
És mulher!
Mas não uma qualquer.
És, sobretudo
Recheada de mistérios e provocações!
Bella! E como é bella!
Consegues a façanha de tornar coesa
Aquela que habita o íntimo de tua existência.
Com a outra, o envolucro raro de um baú
Em que as chaves já não são tão importantes assim.
Basta o exercício da sapiência e te permitires
Desejar a felicidade no afago de mãos
De abraços sem fim,
De lábios e de histórias reais parecerem sonhos.
Basta que com teus,
E somente teus olhos,
Diga sim!

José Ramos Berton
Escritor

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Breve análise de minhas Férias em Florianópolis, Canasvieiras -Vargem Grande

Breve análise de minhas Férias em Florianópolis, Canasvieiras -Vargem Grande
Estar gozando férias não é privilégio de todos. Pelo menos não ao mesmo tempo, já que esse período de lazer está, segundo a constituição do Brasil, disponibilizado a todos os brasileiros e brasileiras! A forma do gozo deste recurso para recompor energias é que faz a diferença. Há os que preferem estar junto dos seus e fazer tudo igual. Já, há aqueles que transformam suas férias em um campo de isolamento onde o que cabe são somente suas neuroses. Compaixão é o sentimento maior que podemos observar em situações que envolvem estes seres pobres mortais. Dignos de pena... E, por que não oferecermos  nossos breves e sábios conselhos a estes que sofrem? (exercício que requer de nós, no mínimo um pouquinho de sapiência) Talvez por egoismo, ou pura desatenção quanto a necessidade de um ombro amigo ao que sofre. A ele discernimento para reciclar conceitos e mudar de atitude enquanto há tempo é o que falta. Mas a os que buscam em seus amigos a parceria para compartilhar destes momentos tão aguardados durante o ano, o das férias! Felizes, são os que de forma lúdica e transparente exercem cada ato de sua temporada de férias em agradáveis momentos que fatalmente farão parte de um arquivo das melhores memórias. Cabe a cada um de nós fazermos por onde, e sem constrangimento, nos evolvermos em pequenas questões, que de alguma forma irão contribuir com o que de mais raro poderá sobreviver de qualquer que venha a ser a relação entre duas ou mais pessoas. Os momentos de superação, e de partilha são frações de possíveis e intransferíveis tarefas só nossa. Com elas nos qualificamos para uma convivência melhor. Com atitudes de coesão o que obtemos é a certeza de resultados positivos, compondo as vestes da eterna e bem aventurança, no que tange aos mais auspiciosos tratos com a vida em sociedade, mais particularmente com nossa comunidade, a dos amigos verdadeiros. Daqueles que de maneira mais simplória nos fazem acreditar que somos os habitantes mais ricos da face da terra! Estar em companhia destes que nos são caro é como estar diante de todas as   possibilidades para fazermos mais e melhor durante todos os dias. Com eles as coisas complicadas da nossa efêmera existência parecem ganhar um sobre folego que nos impulsiona rumo ao inusitado. Com essas pessoas nos sentimos cidadãos de fato. De maneira inexplicável porém de assimilação meteórica,  conseguimos sentir, com olhos ocultos com  alma e  coração, o que poucos percebem desta dádiva que é estar na presença constante junto aos que amamos. Resta anelos de novas inserções inerentes ao ser para   de  forma singela porém repleta de sonhos possam outros  igualmente tecer relatos como este. Registro de amizades que fazem a diferença aqui e em qualquer canto do planeta, basta  oferecermos a chave do nosso coração a amigos, que na realidade mais parecem irmãos! Felizes os que possuem a opção de estar com os seus nas  férias, por que com eles certamente os dias se tornarão inesquecíveis. Graças a Deus por todos vocês, graças a Deus pelos que estão ausentes fisicamente, mas que no entanto ocupam lugar especial em nossos corações!
José Ramos Berton
Jornalista