quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ALGUNS COLEGAS DE TODOS OS DIAS

Será que encheu meu balde? Ou ainda há espaço para um volume adicional de situações carentes de decisão? É necessário montarmos uma barreira e, com ela retalharmos o que de quem, e aquilo daquele outro? Como procedermos em ambientes hostis? Espaço tomado por  uma fumaceira danada proveniente do mal estar ocasionado pela incompetência e insatisfação de alguns? Nem sempre serão possíveis essas divisões nos forçando a uma convivência indesejável. Recorrermos a um analista? Seria o ideal.  O sonho de consumo de todos aqueles que são úteis a sociedade, mas isso é utopia, o negócio é recorrermos aos velhos métodos da boa vizinhança, mesmo que isso nos custe alguns cabelos brancos, ou a perda deles. Recomendo compartilhar com algum amigo -“Bepe”- (1) parte deste bombardeio de pequenos fragmentos. Estilhaços que insistem tomar nossa direção.  Se, contudo não nos cuidarmos seremos atingidos. O que fazer? Tomar as rédeas de incômodos que surgem a galope nem sempre é possível. Conviver com essa torpe de peões é necessário e perigoso. Não conviver é covardia! Há que encontrar a opção mais adequada para cada momento enfrentá-las é a saída, - palavras do Bepe. Caberá a nós o discernimento para tratar caso a caso. Enquanto jornadas sucessivas de trabalho fazem de nós seres diferentes e realizados, ao mesmo tempo transforma num verdadeiro marasmo a vida daqueles que de uma maneira pequena tornam ainda mais insignificante suas vidas e consequentemente transformam ambientes de trabalho num círculo de conversas improdutivas, as quais por sua vez munidas de poder nocivo tendem a minar a todos interferindo, prejudicando, tornando um verdadeiro caos à relação de equipes que deveria ser de coesão. Grupos de trabalho a mercê de um ou outro indivíduo capaz de desestruturar e de instalar o mal estar junto a repartições públicas, empresas, hospitais universidades e qualquer entidade onde há possibilidades para todos, e que, no entanto nem todos buscam por merecê-las. Instalado o clima, tudo parece não andar. Vozes que foram claras um dia, agora sufocadas não são mais ouvidas. Parecem sussurros. Imitação de lamúrias. Risos e relatos outrora responsáveis pela descontração e parceria já não são mais ouvidos. O que se ouve são comentários infundados, sufocados, e o protagonista de toda essa metamorfose, ali parecendo um dois de paus. Ouvindo e levando. Leva e como quem leva traz! Sua preocupação nem é tanto com ele, coitado, e sim com seus colegas. É com aquele que não dispõe de tempo para lhe ajudar a cuidar da vida dos outros. E o pobre, vai se finando finando, a ponto de fazer uma ulcera! Daquelas bem grandes, e ainda assim alimentá-la todos os dias com o fel de suas ventosas. Como espinho que penetra sem permissão... E o Bepe? Ah, esse é presença marcante em nossas vidas (quem não tem desses amigos?), nos ouve com o cuidado de quem guarda segredos. Com sapiência fundamentada na experiência e no respaldo do bom e velho senso. Por que amigo é para ser assim, como o Bepe! Já alguns colegas de todos os dias, do tipo onça, invejosos e incapazes de criar, (salvo avareza, discórdia, e remela no canto do olho) destes a forma do diabo está sempre cheia.  
(1) Bepe, -eu- analista que nos auxilia neste louco monólogo sempre que o jornalista necessita.
                                                                     Berton, José Ramos
                                                                             Jornalista
                                                                                                                                

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