sábado, 19 de março de 2011

PASSO FUNDO RS E A INFIDELIDADE: QUANDO HÁ, NENHUM PROTESTO É INFUNDADO

PASSO FUNDO RS E A INFIDELIDADE: QUANDO HÁ, NENHUM PROTESTO É INFUNDADO

Fidelidade. Verbete que significa qualidade de fiel, lealdade. Tem ou não! Ai está um sentimento próprio. Cada qual exerce sobre ele aquilo que lhe convém. Não é difícil encontrarmos, por nosso caminho, pessoas incapazes de assumirem de fato seu lado e, verdadeiramente, fazer disso uma parceria com o que de melhor se possa extrair diante de quaisquer obstáculos. Ser parte de um todo é estar interagindo o tempo todo. É saber que de alguma maneira você é importante. Que o seu lugar deve ser preenchido com atitudes que conduzam a um ideal. Que seja pelo menos uma fração do que almejam os demais. Estar envolvido é saber da relevância que tal envolvimento nos permite, é sentir, por vezes, o chão se abrir debaixo de seus pés e, ao olhar para todas as direções, perceber que está sozinho. É nestas horas que nos perguntamos: onde foi parar a tal fidelidade? Num sobressalto o inesperado acontece e nos transformamos em criaturas impotentes diante da incompetência e da prepotência de alguns políticos. Entristecemos-nos quando o que vemos é a falta de respeito e consideração aos que ainda acreditam em homens, mesmo em se tratando dos da pior espécie. Aquela traiçoeira e vazia. Daqueles que prometem e não cumprem. Dos que estão no governo e pouco se importam com os seus. Fazer por outros que “até ontem jogavam no time adversário” é o que se vê! Já dizia o Tenente Atílio, do governo Edu V. de Azambuja: “aos companheiros a lei e os favores da lei, aos adversários a lei e os rigores da lei”. Mas isso foi lá atrás num tempo em que hipocrisia era algo de outro mundo. Hoje o que ouvimos dizer é que se você é oposição, recebe da situação maior atenção. Já não duvidamos mais! Quem sabe amanhã inverta e seremos nós, os excluídos, a receber tratamento digno dos que, hoje, são oposição! Então poderemos ter, atendidas, quem sabe, reivindicações há muito solicitadas. Quando na sua Rua mora um funcionário público municipal, é comum que vizinhos solicitem a ele por melhorias. Se há um terreno sujo, pedem por limpeza. Se forem postes com lâmpadas queimadas, pedem pela substituição delas. É a esse cidadão que o vizinho recorre de imediato! Tal papel, mesmo que indiretamente, é de relações pública da prefeitura. Até ai tudo bem. O exercício de cidadania deveria ser para todos. Deveria! Alguns se omitem e tornam essa relação desastrosa e com resultados vexatórios. Ruim para todos. Ruim para a comunidade, pior para a atual administração que parece alheia a certos rumos tomados por alguns servidores, os quais transformam balcões de secretarias em salas de espera e, posteriormente, em muro de lamentações, de onde milagres jamais virão! Já o servidor que trabalha com esmero, sem que perceba, cada vez mais se enrola em uma teia de aranha gigantesca e oportunista, onde prometer é prática irresponsável, inconseqüente e hipócrita. Se coisas desse gênero acontecem com aqueles que lhes servem incondicionalmente, o que sobra para os demais, se não a indignação? Quanto a tal fidelidade, por favor, não nos cobrem em outro momento. Quanto a nós, nos manteremos fiéis às cores de nossa bandeira e tão somente a elas. Homens como os senhores, o Diabo (...) faz aos montes.  Ao sentirem-se sós não nos cobrem por fidelidade! Ainda mais quando de promessas não honradas, - e cada um sabe das promessas que fez, - Mereçam primeiro. Fidelidade à gente dá para quem, a possui!

Berton, José Ramos
Jornalista

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