quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Parte de uma obra esquecida

Passo Fundo LEGISLATivo 1963/1968
Quem for até a Câmara Municipal De Vereadores de Passo Fundo, poderá sem a mínima possibilidade de vir a ser barrado, constatar uma moldura, verdadeira arte entalhada em madeira uma obra executada por Getúlio F. Lopes, - do qual não tenho registro se ainda vive ou não, mas que rendo minha homenagem de qualquer forma pelo brilhante trabalho prestado a comunidade quando do registro por ele executado, - com nomes e fotos de homens públicos da legislatura de 1963/1968. Se nos aprofundarmos um pouco sobre o que nos deixaram esses ilustres cidadãos, poderemos constatar obras que foram à base de serviços hoje desfrutados por todos nós que vivemos em uma sociedade democrática e atuante! Tirarmos o chapéu àqueles vereadores seria o mínimo como reconhecimento aos serviços prestados num período em que tudo era difícil especialmente no que tange a tecnologia que embora existisse, era sem duvida de forma acanhada numa proporção exageradamente menor à que temos hoje. Tudo engatinhava nos anos sessenta, e ainda assim sementes germinaram impulsionando quase tudo o que temos a nosso dispor. É louvável, portanto tal registro. Mas e o local destinado a esse quadro que sustenta o seleto grupo de políticos da legislatura de 1963/1968? Nomes como Ernesto Scortegna; Romeu Martinelli; Rodolfo R. de Lara; Pedro V. Mader; Antônio A. Meireles Duarte; Ivo Biazus; Vilson Corrêa Garay; Otacílo M. Escobar; Pedro Monteiro da Costa; Gilberto Silva; Victor Hugo Lacerda; Anildo J. sarturi; Fidêncio Franciosi; Laury de J. Froes; Odilon F. de Lima; Hilário A. Rebechi; Delmo A. Xavier... A pequena área destinada a essa lembrança ocupa espaço não em salão nobre, tampouco em gabinete, mas sim num corredor entre o banheiro masculino e o banheiro feminino vizinhando com uma lixeira e tendo por consolo, logo abaixo, um bebedouro público o que ameniza parte deste descaso aos que num passado nem tão distante assim, também fizeram por Passo Fundo. Quiçá num futuro próximo não serão nossas últimas legislaturas a desfilarem por corredores desabitados, pendurados, jaz, sobre paredes mal cheirosas de banheiros, numa clara demonstração de que a cultura assim como nasce morre em uma cidade incapaz de preservar!Embora alguns, dos que por ai passam, não devam constar junto ao rol dos demais, pois ao invés de honrar o nome preferem maculá-lo denegrindo parte da obra que nos é cara!
  Berton, José Ramos
Jornalista

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