domingo, 17 de abril de 2011

Morre João Carlos Tiburski

Morre João Carlos Tiburski

Para os mais íntimos, simplesmente Jacaré! Todos eram Jacarés para ele também. Por quê? Não sabemos, mas era assim, desta maneira diferente de tratar que éramos tratados. Como amigos. Como gente igual a ele, sem cerimônias, sem questões que não fossem respondidas. Ainda mais em se tratando de Diagramação dos inúmeros jornais experimentais projetados por acadêmicos da FAC – Faculdade de artes e comunicação da UPF – Universidade de Passo de Fundo, que por ele foram acompanhados.  O chapéu, o cachimbo, a barba e cabelo branco, o porte de um grande poláco metido a amigo! Porque ele o foi assim mesmo, amigo! Suas brincadeiras, e seu jeito próprio de quem sabiam contagiar envolvendo qualquer um dos seus inúmeros tipos que iam chegando aos poucos no campus para aprender Jornalismo. João Carlos Tiburski morre aqui em Passo Fundo onde encontrou o paraíso nas terras do Capingui, mais precisamente em suas águas às quais ganharam do professor Tiba registros em fotos e em suas crônicas eternizadas nas páginas dos livros Crônicas Faquianas, hoje em sua 5ª edição da qual ele foi organizador juntamente com a professora Roberta Scheibe. O professor Tiba, fomentou a imaginação de cada participante com suas ternas palavras de incentivo acompanhadas de um tempero literário inerente ao grande mestre! Hoje estou de luto, acredito que todos estão, pois o mestre que levava a vida com encanto e peculiaridades inusitadas como, ser amigo também de um pássaro exótico, ser fiel confidente de cães e outros espécimes por ele tratados igualmente com carinho e respeito. A partir de agora, as escadarias da FAC, já não serão mais as mesmas, estará faltando ele. A voz que tanto nos fez bem se cala diante das águas do Capingui, parece que lugar melhor se morrer não há, em se tratando do Professor, já que ele amava aquelas águas! Gaúcho de Erechim encontrou em Passo Fundo, talvez os seus momentos mais marcantes, e os dividiu com todos nós que tivemos o privilégio de ter sido seus alunos no jornalismo, e acima de tudo seus amigos. Saudades Professor, e que Deus o tenha.

José Ramos Berton
Jornalista

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Passo Fundo & Conselheiras injustiçadas

Passo Fundo &
Conselheiras injustiçadas
Terra da literatura! Orgulho e compromisso de alguns. Assim vejo a minha Passo Fundo. A nossa capital nacional da literatura caminhando por caminhos que me parece ser o menos recomendável. Infelizmente tivemos há alguns meses um triste episódio envolvendo duas das pessoas mais incríveis que já conheci. Duas mulheres às quais aprendi a admirar e querer bem. Seus métodos de administrar a árdua atividade de Conselheira Tutelar sempre deram os melhores resultados. Atitudes tomadas por elas só fizeram com que jovens em situação de risco pudessem optar. Coisa que até então não era visto por eles (adolescentes) como uma possibilidade real. No entanto essas duas bravas senhoras, donas de casa, e, sobretudo mães, proporcionaram a cada um desses pequenos brasileiros um pouco de dignidade! Jovens de Passo Fundo e de outras localidades que por muito pouco não foram deixados a margem da sociedade, que cá entre nós, é essencialmente hipócrita e imbecil! Hipócrita por sua omissão, quando o que deveria fazer era arregaçar as mangas e agir. Coisa que as Conselheiras sempre fizeram muitíssimo bem. Imbecíl pelo fato de que com sua visão tapada e seus conceitos voltados somente para seus umbigos imundos fomenta a ira e a proliferação de uma geração de criaturas sem nada a perder, e que, portanto agirá contra essa mesma classe de cidadãos que ora se acovarda diante das diferenças! Quanto às conselheiras que injustamente foram julgadas e condenadas pela sociedade da Capital Nacional da Literatura cabem tão somente aguardar pela justiça divina. E se ainda der tempo, assistir de camarote as consequencias da lacuna existente devido à sua ausência. Se fosse possível, eu diria com todas as letras que tanto uma quanto a outra ao invés da condenação, fosse providenciada honra ao mérito por: abrir mão de seu tempo e doá-lo a quem já não tinha a quem recorrer que não fosse suas fiéis conselheiras! Profissionais que em qualquer estação do ano jamais mediram esforços para se colocarem em busca dos inúmeros jovens fugados com o único propósito de encontrar em breus de nossas vias publicas uma droga qualquer para fugirem da presença insuportável da indiferença desta mesma sociedade vilã! Mulheres que ousaram por muitas oportunidades colocar o dedo na ferida de quem infantilmente acha ter direito para condená-las. Pobres coitadas essa pessoas que não sabem da missa um terço. É mais fácil apontar um suposto deslize, (o que não houve) ,do que colocar o pé no barro e resolver a vida de famílias dependentes de conselheiras inseridas em um meio desconhecido de todos  esses que se escondem em suas salas sentados  em  cadeiras pagas com o dinheiro publico! Agora posso dormir um pouco mais em paz. Estava devendo essa crônica a essas duas mulheres com EME maiúsculo. Mulheres que vão a campo! Não destas que enfiam a [...] em ascentos e se acham com o direito equivocado de julgar! Quanto a essas, creio que  irá demorar mais do que o esperado para terem o sono dos justos!

José Ramos Berton
Jornalista
http://www.webartigos.com/selo-artigos.gif

quinta-feira, 14 de abril de 2011

PAZ POR NASCER

PAZ POR NASCER

O mundo clama por ela. Clama por paz!
E... É tão fácil de pronunciá-la.
Todos a querem para si se acham merecedores da paz.
Notas poemas discursos... É o que se faz pela paz,
Virou moda. Falar, falar, falar!
Populações vivendo de uma renda, que tudo vende, em nome da paz.
Inexistente! Porém, fonte lucrativa,
A tão explorada paz...
Desejada por alguns, por outros desprezada.
E, por conta dessa minoria articuloza,
Vimos, nossos sonhos se perdendo.
É também por culpa desses inconformados rebeldes, que esgotam-se nossas energias, presenciamos nosso sangue lentamente mesclando-se à outro sangue outrora derramado em vão na busca desta mesma paz...
O que fazer então?
Antecessores nossos não obtiveram êxito.
Outros tantos foram enclausurados por terem pregado a paz!
Milhares sucumbiram outros separados dos seus por buscarem, paz.
Esta paz resíduo de guerra!
Resto de sonhos e projetos misturados a escombros e cadáveres.
Corpos sem identidade, sem pátria...
Sobra de gente que vegeta que passa fome, mendiga e pede.
Geração herdeira de tudo, e que nada possuí.
Indagada,
Silencia sem saber, não responde o que é? E, onde anda afinal,
A paz...
                                             Berton, José Ramos
                                                  Jornalista


Jogo de Bocha



Jogo de Bocha

Nenhuma tarde será a mesma depois de uma partida de bocha. Se for entre amigos então nem se fala! As coisas simplesmente vão acontecendo e o tempo passando, passando sem que ninguém perceba.  O local é de um verde de perder o fôlego. O braço em larga escala retoma o vigor de seus melhores dias, os de uma juventude que parece ter retornado, com a mesma intensidade. A bocha jogada com maestria! O percurso sendo percorrido como se conhecesse o traçado da cancha batida e disputada por outros desafiadores da arte do lançamento deste objeto cilíndrico, pesado e de cor opaca, mas que é responsável por tanto colorido. A brincadeira correndo solta a desafiar idéias e táticas para serem jogadas aos poucos, sem pressa de vencer! Até por que... Nesta cancha não é para termos vencedores muito menos perdedores, afinal a dupla que joga é mais do que isto, é de  amigos! Somos vinho da mesma pipa . Desbravadores de sonhos. Quanto a bocha? Ainda teremos de encontrar um tempo para outras partidas regadas a vinho e amizade! Dá primeira vez foi na Roselândia, desta vez deverá ser em Santo Antão!

José Ramos Berton
Jornalista