PAZ POR NASCER
O mundo clama por ela. Clama por paz!
E... É tão fácil de pronunciá-la.
Todos a querem para si se acham merecedores da paz.
Notas poemas discursos... É o que se faz pela paz,
Virou moda. Falar, falar, falar!
Populações vivendo de uma renda, que tudo vende, em nome da paz.
Inexistente! Porém, fonte lucrativa,
A tão explorada paz...
Desejada por alguns, por outros desprezada.
E, por conta dessa minoria articuloza,
Vimos, nossos sonhos se perdendo.
É também por culpa desses inconformados rebeldes, que esgotam-se nossas energias, presenciamos nosso sangue lentamente mesclando-se à outro sangue outrora derramado em vão na busca desta mesma paz...
O que fazer então?
Antecessores nossos não obtiveram êxito.
Outros tantos foram enclausurados por terem pregado a paz!
Milhares sucumbiram outros separados dos seus por buscarem, paz.
Esta paz resíduo de guerra!
Resto de sonhos e projetos misturados a escombros e cadáveres.
Corpos sem identidade, sem pátria...
Sobra de gente que vegeta que passa fome, mendiga e pede.
Geração herdeira de tudo, e que nada possuí.
Indagada,
Silencia sem saber, não responde o que é? E, onde anda afinal,
A paz...
Berton, José Ramos
Jornalista
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