Passo Fundo &
Conselheiras injustiçadas
Terra da literatura! Orgulho e compromisso de alguns. Assim vejo a minha Passo Fundo. A nossa capital nacional da literatura caminhando por caminhos que me parece ser o menos recomendável. Infelizmente tivemos há alguns meses um triste episódio envolvendo duas das pessoas mais incríveis que já conheci. Duas mulheres às quais aprendi a admirar e querer bem. Seus métodos de administrar a árdua atividade de Conselheira Tutelar sempre deram os melhores resultados. Atitudes tomadas por elas só fizeram com que jovens em situação de risco pudessem optar. Coisa que até então não era visto por eles (adolescentes) como uma possibilidade real. No entanto essas duas bravas senhoras, donas de casa, e, sobretudo mães, proporcionaram a cada um desses pequenos brasileiros um pouco de dignidade! Jovens de Passo Fundo e de outras localidades que por muito pouco não foram deixados a margem da sociedade, que cá entre nós, é essencialmente hipócrita e imbecil! Hipócrita por sua omissão, quando o que deveria fazer era arregaçar as mangas e agir. Coisa que as Conselheiras sempre fizeram muitíssimo bem. Imbecíl pelo fato de que com sua visão tapada e seus conceitos voltados somente para seus umbigos imundos fomenta a ira e a proliferação de uma geração de criaturas sem nada a perder, e que, portanto agirá contra essa mesma classe de cidadãos que ora se acovarda diante das diferenças! Quanto às conselheiras que injustamente foram julgadas e condenadas pela sociedade da Capital Nacional da Literatura cabem tão somente aguardar pela justiça divina. E se ainda der tempo, assistir de camarote as consequencias da lacuna existente devido à sua ausência. Se fosse possível, eu diria com todas as letras que tanto uma quanto a outra ao invés da condenação, fosse providenciada honra ao mérito por: abrir mão de seu tempo e doá-lo a quem já não tinha a quem recorrer que não fosse suas fiéis conselheiras! Profissionais que em qualquer estação do ano jamais mediram esforços para se colocarem em busca dos inúmeros jovens fugados com o único propósito de encontrar em breus de nossas vias publicas uma droga qualquer para fugirem da presença insuportável da indiferença desta mesma sociedade vilã! Mulheres que ousaram por muitas oportunidades colocar o dedo na ferida de quem infantilmente acha ter direito para condená-las. Pobres coitadas essa pessoas que não sabem da missa um terço. É mais fácil apontar um suposto deslize, (o que não houve) ,do que colocar o pé no barro e resolver a vida de famílias dependentes de conselheiras inseridas em um meio desconhecido de todos esses que se escondem em suas salas sentados em cadeiras pagas com o dinheiro publico! Agora posso dormir um pouco mais em paz. Estava devendo essa crônica a essas duas mulheres com EME maiúsculo. Mulheres que vão a campo! Não destas que enfiam a [...] em ascentos e se acham com o direito equivocado de julgar! Quanto a essas, creio que irá demorar mais do que o esperado para terem o sono dos justos!
José Ramos Berton
Jornalista
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Caro amigo José... Agradeço em nome da nossa família pelo apoio e pela coragem de expor além deste texto magnífico, seu comprometimento com a verdade. Cabe salientar que acreditamos sim na justiça, mas não vendamos os olhos para as injustiças que estão acontecendo. O que nos conforta, é que nossa irmã está bem, tem saúde, paz e dignidade! Não precisa de mídia para trabalhar e nem de palmas para exercer suas capacidades... Ao contrário de algumas pessoas. Agradecemos do fundo do nosso coração a solidariedade de todos, pois nossa irmã também dorme tranquila, pois sabe que cumpriu seu papel como Conselheira Tutelar! Lamentamos a perda que nossa sociedade teve com seu afastamento pois em momento algum, pensou-se nas crianças e adolescentes atendidos por elas. Obrigada. Carine Silveira dos Santos
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